Alterações nos métodos de negociação

A maioria dos profissionais do sell-side mudou seus métodos de execução de negociações.

Com a pandemia, mais traders estão utilizando a função de chat IB da Bloomberg e menos negociações estão sendo feitas por telefone. Mais da metade dos front offices do sell-side comunicou uma alteração no volume médio de negociação, sendo que para a maior parte deste grupo, houve um aumento no volume de negociação. Combinações de pequenas e grandes negociações foram realizadas devido à volatilidade do mercado. Profissionais de trading e vendas que lidam com derivativos de crédito e swaps de taxas de juros se mostraram mais propensos a divulgar maiores operações do que outros entrevistados.

 

Aumento de negociações eletrônicas

Dois terços dos entrevistados esperam que suas empresas acelerem a transição para a negociação eletrônica, principalmente nos próximos dois anos. A maioria do um terço restante espera retornar para o mesmo nível de negociação eletrônica pré-pandemia, algo que pode levar até um ano, em média.

A negociação eletrônica está se expandindo durante a pandemia e continua sendo uma prioridade em 96% destas empresas do sell-side.

Segundo profissionais da área financeira, os principais fatores que impulsionaram as mudanças na sua forma de negociar foram as ferramentas disponíveis no ambiente de trabalho remoto e preocupações com compliance e segurança.

No geral, a maioria das empresas do sell-side que já priorizava a negociação eletrônica pré-COVID-19 continuou operando da mesma forma. Algumas empresas para as quais a negociação eletrônica era apenas um componente em suas operações passaram a dar mais prioridade a este modelo; para a maioria, porém, não houve alteração no nível de atividade. Nenhum aspecto único explica as mudanças no uso da negociação eletrônica. As ferramentas disponíveis no ambiente de trabalho remoto, a segurança de canais/compliance e a volatilidade do mercado foram os principais fatores da mudança.

 

Negociação automatizada em 2020 e daqui para frente

O aparecimento do coronavírus afetou mercados e empresas, resultando em alterações na utilização de negociação automatizada – apenas 14% dos entrevistados não considera este modelo como um fator em suas operações; antes da COVID-19, este grupo era de 18%. Além disto, mais empresas que consideravam a negociação automatizada como um simples componente em suas operações, agora a priorizam.

A pesquisa também identificou os três fatores que melhor explicam o aumento nas negociações automatizadas: ferramentas disponíveis no ambiente de trabalho remoto, volatilidade do mercado, e compliance e segurança de canais.

No geral, a maioria das empresas espera acelerar a mudança rumo à negociação automatizada nos próximos dois anos. Já as empresas nas quais a utilização da negociação automatizada deve retornar aos níveis anteriores à COVID-19 esperam fazer a mesma mudança mais rapidamente e na metade do tempo.