Artigo por Joe McHale e Nadia Humphreys da Bloomberg para IPE.com.
Isso deve mudar em breve na Europa.
Antes da pausa nos trâmites legislativos para as últimas eleições da UE, o Parlamento Europeu votou regulamentações para introduzir requisitos financeiros sustentáveis mais fortes para empresas do buy-side. Quando entrarem em vigor, provavelmente entre 2020 e 2022, gestores de ativos europeus deverão divulgar como integram riscos de sustentabilidade ao processo de tomada de decisão.
Gestores de ativos europeus passaram a perceber que deverão mudar seus procedimentos e introduzir dados ESG para garantir que riscos e oportunidades de sustentabilidade sejam levados em conta. Por fim, isso aumentará a demanda por soluções de software e dados ESG, à medida que as empresas se preparam para compliance.
Embora já existam certos requisitos visando mudanças climáticas em Estados membros, esta harmonização em toda a UE marca uma mudança radical. A nova Comissão Europeia e o Parlamento devem reiniciar o Plano de Ação da UE para Finanças Sustentáveis, marcando um novo ciclo de regulamentação da UE nesta área.
O que há de novo?
As duas novas regulamentações são parte de um esforço maior para integrar considerações de ESG no direito financeiro. Efetivamente, as novas regras exigem que gestores de ativos divulguem:
No início deste ano, Verena Ross, diretora executiva da ESMA (European Securities and Markets Authority), descreveu como a autoridade recebeu o poder de elaborar regras para cumprir com obrigações, garantir a convergência e harmonização das divulgações impostas. A diretora diz que o cronograma é bastante apertado, pois a maior parte dos requisitos deve ser redigida dentro de 12 meses após a instauração formal do novo regulamento para divulgações, prevista para logo após o verão.
Paralelamente, a atual Regulamentação de Benchmark da UE foi também modificada para introduzir dois novos tipos de benchmark:
Fornecedores de benchmark deverão explicar como os fatores ESG são refletidos e divulgar como os dados são utilizados em seus critérios de seleção, esperando que a clareza das metodologias incentive a confiança do investidor e informe suas decisões.