5 estratégias finaceiras para gestores
Em um ambiente econômico repleto de incertezas a adoção de melhores práticas é uma referência e porto seguro para o trabalho dos profissionais da área.
5 estratégias financeiras para gestores
Guia para CFO’s, Tesoureiros, Controllers, Diretores e Gerentes Financeiros
Índice e introdução
Conheça as cinco principais atividades – hedge cambial, gestão de risco, hedge accounting, marcação a mercado e captação de recursos financeiros – desempenhadas por departamentos financeiros corporativos.
Em um ambiente econômico repleto de incertezas que impõem à tesouraria desafios diferentes a cada dia, a adoção das melhores práticas funciona como referência e porto seguro para o trabalho dos profissionais da área.
Ao planejar e executar estratégias de gestão de riscos, hedge cambial, contabilidade de hedge, marcação a mercado e captação, esses profissionais trabalham com mais assertividade e ampliam suas possibilidades de atuação quando têm acesso a dados em tempo real, projeções de alta qualidade, calculadoras sofisticadas, ferramentas de simulação e sistemas de execução de transações que se integram aos sistemas da organização.
A automatização e a padronização dos processos de tesouraria facilitam o cumprimento de exigências regulatórias, as tarefas de back office, as auditorias e a prestação de contas, além de diminuir as chances de erro humano e a carga de trabalho manual. Desta forma, os profissionais da área ganham tempo para se dedicar a funções mais estratégicas.
Conhecendo os detalhes sobre instrumentos financeiros emitidos por empresas de seu setor ou região e sobre os compradores desses papéis, os tesoureiros corporativos ampliam sua visibilidade, aumentam seu poder de negociação e conseguem reduzir os spreads e custos das operações financeiras.
Mais recentemente, as funções da tesouraria precisaram migrar para o ambiente de home office. Soluções hospedadas são ideais para essa situação porque dispensam permissões adicionais e são acessíveis nos dispositivos do próprio usuário, que não precisa estar fisicamente no escritório para realizar suas tarefas.
Este e-book aborda as cinco principais atividades – hedge cambial, gestão de risco, hedge accounting, marcação a mercado e captação de recursos financeiros – desempenhadas por departamentos financeiros corporativos. Explorando as melhores práticas de mercado para cada atividade, empresas podem transformar este conhecimento em uma vantagem competitiva.
Estratégia 1: Hedge cambial
<b> Tópicos abordados</b>
- Definição da melhor estratégia, execução da operação e integração com os sistemas da empresa
- Pré-negociação, execução e pós-negociação
Estratégia 1
Hedge cambial
Definição da melhor estratégia, execução da operação e integração com os sistemas da empresa
Tesoureiros de companhias com exposição a moeda estrangeira precisam reduzir o impacto das oscilações da taxa de câmbio sobre o fluxo de caixa para melhor gerenciar o risco da organização. Isso requer conhecimento e agilidade para realizar operações de hedge cambial nas melhores condições possíveis.
Essa desenvoltura é necessária nas diversas etapas do processo, descritas abaixo:
- Análise dos diferentes instrumentos e estruturas disponíveis
- Escolha dos prazos de contratos e parcelas de cobertura
- Monitoramento dos preços praticados no mercado
- Decisão sobre o melhor momento para realização da operação
- Solicitação de lances junto a potenciais contrapartes
- Execução, confirmação, contabilidade de hedge e inserção da operação nos sistemas da empresa
- Análises para comprovar a efetividade do hedge e aprimorar o desempenho da tesouraria em transações futuras.
Pré-negociação
A escolha das estruturas de proteção contra oscilações da taxa de câmbio é o primeiro passo de uma estratégia de hedge bem sucedida. Para chegar a essa decisão, o profissional de tesouraria precisa ter conhecimento das alternativas disponíveis no mercado aberto e de balcão, estudar curvas a termo e acompanhar as cotações praticadas no mercado para os diferentes contratos, como NDF, forwards, opções, swaps e estruturas menos convencionais.
A tesouraria também precisa de um entendimento do perfil da exposição a moeda estrangeira para chegar às estruturas de hedge mais adequadas e então prever o custo desses contratos. A expectativa para a direção da taxa de câmbio é determinante nessas decisões.
O profissional de tesouraria consegue construir cenários futuros para a taxa de câmbio e seu impacto na organização com mais assertividade] se tiver acesso ao noticiário econômico e geopolítico, projeções de várias instituições para as taxas de câmbio em diferentes períodos — além das previsões de especialistas para os fatores por trás da taxa de câmbio, como juros internos e externos, saldos em conta-corrente e preços de commodities.
De posse dessas informações e estimativas e tendo como referência os lances efetivamente observados no mercado, a tesouraria está pronta para elaborar a estrutura de hedge desejada e solicitar cotações de diversas contrapartes.
Execução
Variações na terceira ou mesmo na quarta casa decimal da taxa de câmbio fechada para uma operação têm impacto nas despesas financeiras da empresa durante toda a vigência do contrato de hedge. A tesouraria gera economias para a organização se receber lances de diversas contrapartes ao mesmo tempo, reduzir spreads e tiver agilidade para fechar a operação no momento mais propício, conseguindo até eliminar intermediários e os gastos que eles acarretam.
O uso de um sistema capaz de listar automaticamente ofertas de compra e venda de várias instituições em tempo real — em lugar do processo manual ineficiente de telefonar para diversos bancos e corretoras — garante o fechamento da operação a uma taxa comprovadamente competitiva e no momento adequado. O sistema também ajuda a evitar erros de digitação ou de qualquer outra natureza em procedimentos cruciais para a execução da negociação.
Embora esses sistemas proporcionem igualdade de acesso a cotações, a automatização da etapa de solicitação de cotações não se sobrepõe ao bom relacionamento da empresa com bancos e corretoras, que podem oferecer taxas preferenciais para um cliente, de uma maneira transparente que incentiva o oferecimento de condições vantajosas. O acesso a informações e outros recursos aumentam o poder de barganha da empresa para negociar taxas com instituições com as quais já se relaciona e também com outros agentes de mercado.
A execução das transações por meio eletrônico — mesmo de lotes fragmentados — agiliza o processo dos doislados da operação, dispensa intermediários e possibilita a diminuição de spreads e custos financeiros, destacando a eficiência da equipe de tesouraria.
Pós-negociação
Efetivada a transação, o procedimento automatizado das operações de hedge facilita as atividades de backoffice, contabilidade, inserção nos sistemas internos da empresa, geração de relatórios e trilhas de auditoria.
É possível concentrar em um mesmo local todo o histórico de cada transação — incluindo todos os lances ofertados — para controle, análise dos serviços oferecidos por contraparte e comprovação da eficiência da execução da operação.
Essa automatização e a padronização dos procedimentos diminuem o trabalho manual e a possibilidade de erro humano, o que permite à equipe concentrar esforços em funções estratégicas, sem consumir tempo e recursos desnecessariamente.
Como o Terminal Bloomberg pode te ajudar.
- Precifique derivativos como NDF e swaps com dados de mercado em tempo real
- Consulte preços de diversas contrapartes
- Verifique em tempo real as cotações oferecidas pelo mercado
Estratégia 2: Gestão de riscos
<b> Tópicos abordados</b>
- Visibilidade dos riscos e das flutuações diárias respalda planejamento
Estratégia 2
Gestão de riscos
Visibilidade dos riscos e das flutuações diárias respalda planejamento
A gestão de riscos da carteira de uma organização exige da tesouraria o monitoramento ininterrupto dos fluxos de caixa de instrumentos financeiros com quantias, prazos e perfis bastante diferentes.
Essas carteiras podem incluir swaps de câmbio e juros, opções e futuros de commodities e moedas — incluindo estratégias sofisticadas como zero cost collar —, além de instrumentos de dívida como debêntures, títulos emitidos no exterior, empréstimos bancários e sindicalizados.
Para executar essa tarefa, os tesoureiros devem acompanhar as flutuações nos preços de ativos, taxas de câmbio e juros e os fatores pontuais que influenciam os riscos associados ao fluxo de caixa, à carteira e até às contrapartes desses contratos. Para chegar a esses cálculos complexos sem ferramentas automatizadas, a área precisa atualizar planilhas manualmente, buscar dados de mercado recentes e confiáveis, apurar o valor corrente de ativos negociados em balcão, garantir a conformidade das informações e enquadrá-las em um formato que possa ser integrado às outras áreas da empresa e ser submetido aos auditores.
Este processo demorado e trabalhoso exige a atuação de profissionais altamente capacitados, que reúnem essas informações todas para então terem segurança de relatar à direção da companhia se a variação da carteira é positiva ou negativa de um dia para outro e fazer uma avaliação da percepção de risco em tempo real. Por outro lado, uma solução integrada possibilita a inserção de todos os instrumentos da carteira, o cálculo automático da exposição a risco individual e da carteira como um todo e informa a variação total da carteira a qualquer momento.
As boas práticas de gestão de risco também recomendam monitorar a possibilidade de concretização de cenários mais amplos — como uma pandemia, quebra de um grande banco, surpresa eleitoral ou fragilização de um governante — que acabam tendo consequências abrangentes para o valor dos ativos e passivos da organização.
Para prever o impacto de conjunturas multifatoriais sobre a carteira da organização, a tesouraria pode recorrer a bibliotecas com centenas de cenários prontos (tanto os que reproduzem eventos passados quanto os que usam projeções de analistas), que produzem simulações dos efeitos desses cenários sobre todos os ativos da carteira.
No caso dos riscos associados às contrapartes em contratos de derivativos, é importante considerar também o cálculo de métricas de risco baseadas em metodologias avançadas que contemplam variáveis como probabilidade de inadimplência, exposição futura e risco do emissor. Para executar esses cálculos sem contratar especialistas em análise quantitativa, é possível utilizar soluções integradas que aplicam metodologias de cálculo licenciadas às operações cadastradas no sistema e geram automaticamente os indicadores de risco das contrapartes.
Mais recentemente, a gestão de riscos passou a contemplar a necessidade de trabalho remoto por longos períodos. Neste contexto, soluções hospedadas facilitam a gestão de carteiras e riscos por serem facilmente acessíveis nos dispositivos do próprio usuário, que não precisa estar fisicamente no escritório para realizar essas tarefas.
Como o Terminal Bloomberg pode te ajudar.
-
Entenda os níveis de risco atuais e históricos.
-
Componha um panorama completo para a análise do crédito utilizando classificações de risco de crédito, preços de títulos, spreads do CDS, análise financeira etc.
-
Compreenda como o mercado vê o crédito da sua organização, bem como a solvência de seus bancos, fornecedores e clientes.
Estratégia 3: Hedge accounting
<b> Tópicos abordados</b>
- Contabilidade de hedge: minimizando o ruído nos resultados e no patrimônio da organização
- Métodos de contabilidade de hedge: valor justo e fluxo de caixa
Estratégia 3
Hedge accounting
Contabilidade de hedge: minimizando o ruído nos resultados e no patrimônio da organização
Se antes as operações de financiamento eram bastante restritas aos empréstimos diretos contraídos junto a bancos, nos últimos anos as empresas brasileiras de médio porte passaram a ter maior acesso a empréstimos e captação de dívida no exterior, além de diferentes estruturas de financiamento no mercado doméstico de capitais.
Com esse maior leque de possibilidades, surgiu a necessidade das operações de hedge para cobrir a exposição a moedas estrangeiras e a diferentes referências para as taxas de juros, lançando mão de contratos futuros, swaps e opções. Na esteira desse movimento, surgiram os desafios envolvidos na contabilidade desses contratos complexos e no cumprimento das exigências regulatórias e na prestação de contas às firmas de auditoria.
Se por um lado o acesso a capital internacional e doméstico em condições vantajosas ficou mais fácil e abundante, por outro lado, a organização se vê forçada a implementar novos controles e procedimentos para aproveitar plenamente essa liquidez disponível e evitar que as operações de hedge influenciem artificialmente os resultados da empresa.
Ao realizar operações de hedge, a companhia entra em contratos de derivativos que têm liquidez no mercado e precisam ser precificados no balanço com periodicidade mensal ou trimestral, o que raramente corresponde ao vencimento da dívida que é objeto do instrumento de hedge.
Como o valor da dívida não flutua no mesmo ritmo do valor do derivativo subjacente, há um descasamento dessas quantias. Esse descasamento que afeta o reconhecimento do valor de tempo na demonstração de resultados afasta muitas companhias de instrumentos de hedge que poderiam aprimorar sua gestão de riscos. Para resolver essa questão, a organização pode utilizar métodos específicos de contabilidade de hedge, sendo que os mais utilizados são: valor justo e fluxo de caixa.
Métodos de contabilidade de hedge: valor justo e fluxo de caixa
A adesão a um sistema de contabilidade de hedge por valor justo permite à empresa dar ao derivativo o mesmo tratamento contábil da dívida que é objeto do hedge, registrando as variações no patrimônio líquido. Desta forma, a tesouraria evita que as oscilações no valor do instrumento e da dívida impactem o resultado final daquele período, o que pode atrapalhar a avaliação do desempenho da organização. A escolha de um sistema adequado de hedge accounting mostra com precisão as parcelas do balanço e do resultado da empresa que estão envolvidas em transações de hedge.
A escolha do método de contabilidade pelo valor justo é recomendável quando a empresa tem dívida com taxa fixa e espera queda dos custos de captação, de modo que lhe pareça vantajoso trocar essa dívida por outra obrigação com taxa flutuante.
Já o método de fluxo de caixa é adequado para empresas que têm dívida com taxa flutuante e preferem se proteger dessa incerteza trocando-a por uma obrigação com taxa fixa, que terá impacto previsível sobre o fluxo de caixa futuro.
No entanto, para usufruir das vantagens do hedge accounting, a organização tem de provar que o instrumento de hedge escolhido cobre adequadamente aquele risco, fornecendo documentação específica. É necessário explicitar seus objetivos e comprovar a efetividade do hedge junto às autoridades reguladoras e firmas de auditoria.
Esses testes de efetividade envolvem modelos matemáticos sofisticados, como o teste de razão dólar offset, e podem exigir a inserção de preços históricos dos derivativos em questão para a elaboração de retas de regressão econométrica. A execução desses testes é trabalhosa e requer o envolvimento de consultorias externas ou profissionais internos com conhecimento altamente especializado, além do acesso a dados históricos que nem sempre estão facilmente disponíveis ou não são confiáveis. O desafio do teste de efetividade aumenta quando a empresa tem diversos instrumentos de hedge na carteira e precisa comprovar a efetividade de cada um deles para diferentes prazos e objetivos.
A automatização da contabilidade de hedge e dos testes de efetividade agiliza o processo e permite a geração de relatórios padronizados e periódicos, no formato mais fácil para firmas de auditoria e para integração com os sistemas internos da empresa. Ao reduzir o trabalho manual da contabilidade de hedge e automatizar diversas etapas do processo, a tesouraria adota mais facilmente boas práticas de gestão da carteira de derivativos e abre caminho para que o hedge funcione como alternativa descomplicada e segura para proteger os resultados das oscilações de preços de ativos, aumentando a eficiência da gestão de riscos dentro da organização.
Como o Terminal Bloomberg pode te ajudar.
- Realize testes de efetividade das operações de hedge “homologados” pelas principais auditorias.
- Gerencie todos os aspectos da manutenção pós-negociação durante período de proteção cambial
- Faça avaliações programadas para os instrumentos de hedge.
- Obtenha atualizações em tempo real à medida que as subsidiárias atualizam suas previsões.
- Gerencie o risco cambial, de taxa de juros e risco de crédito.
- Analise cenários, ajustes de avaliação de crédito (CVA) e de sensibilidadee quantificação de risco final.
Estratégia 4: Marcação a mercado
<b> Tópicos abordados</b>
- Acompanhamento diário e confiável do valor dos derivativos dá agilidade à tesouraria
- Bibliotecas de cálculos, dados frequentes de alta qualidade e automatização embasam as melhores práticas
Estratégia 4
Marcação a mercado
Acompanhamento diário e confiável do valor dos derivativos dá agilidade à tesouraria
A marcação a mercado é o processo pelo qual se estabelece o preço atual de uma operação considerando seu fluxo de caixa e prazo remanescente. Para chegar a este preço no caso dos derivativos, é necessário definir modelos e fórmulas, coletar preços de mercado e pontos de curvas e validar essas informações para então inseri-las na contabilidade interna das partes envolvidas.
Para tesourarias corporativas, cálculos complexos e falta de acesso a dados regulares e confiáveis para apreçamento de derivativos dificultam a marcação a mercado desses instrumentos, incluindo NDF, swaps pré x DI e swaps de fluxo de caixa em diferentes moedas. Diante desse quadro, a maioria das companhias usuárias de derivativos delega a tarefa aos bancos parceiros nessas operações e aguarda o recebimento de relatórios mensais dos mesmos para incluir o valor dos instrumentos nas próprias demonstrações financeiras e prestar contas às firmas de auditoria.
No entanto, sem um monitoramento diário e prático do valor dos ativos, as empresas desconhecem as flutuações em tempo real no valor desses instrumentos — algo crítico em tempos de volatilidade acentuada no mercado — e perdem a oportunidade de liquidar os papéis quando for necessário ou vantajoso para a organização.
Agravando a complexidade da tarefa, quando a marcação a mercado é feita internamente sem apoio de sistemas automatizados, é comum o uso de dados desatualizados e fórmulas que nem sempre correspondem ao derivativo em questão. Ainda que a tesouraria tenha acesso a preços de contratos negociados em bolsa para calcular a exposição da empresa, os prazos e condições desses instrumentos raramente correspondem àqueles contratados pela companhia e requerem ajustes com o uso de fórmulas complicadas. Em relação aos swaps cambiais, entram no cálculo de valor justo pontos extraídos de curvas de juros em diferentes moedas.
O desafio da equipe de tesouraria para calcular a exposição total com derivativos — incluindo opções e swaps — aumenta quanto maior for o número de instrumentos dessa natureza que a companhia tem em carteira. Mas o que a tesouraria pode fazer para simplificar esse acompanhamento e ganhar maior desenvoltura para lidar com derivativos?
Bibliotecas de cálculos, dados frequentes dealta qualidade e automatização embasam as melhores práticas
Para organizações que já operam uma carteira considerável de derivativos ou pretendem ampliar sua atuação nesse sentido para obter maior proteção e flexibilidade financeira, soluções automatizadas e dados de alta qualidade evitam erros de precificação no valor dos derivativos, facilitam o fluxo de trabalho e os controles internos, além de elevar o nível das entregas da tesouraria como um todo.
Muitos dos recursos que viabilizam esses avanços estão disponíveis sem custo adicional como parte de soluções mais amplas que as empresas já contratam.
Seguindo as melhores práticas de contabilidade, os cálculos automatizados gerados para o valor desses instrumentos podem então ser inseridos nas demonstrações financeiras e nos documentos submetidos aos auditores. O processo de auditoria é agilizado e ganha credibilidade porque os auditores têm clareza de todas as fórmulas e pontos de dados usados para marcar a mercado o valor de cada contrato. Além disso, os profissionais de tesouraria têm à sua disposição informações e cálculos precisos para apresentar à diretoria da empresa e justificar suas decisões.
Em dias de grande volatilidade no mercado financeiro, os dados confiáveis em tempo real também permitem que a empresa acompanhe de perto sua exposição e tenha margem de manobra para entrar e sair de operações nomomento mais adequado, sem necessariamente aguardar o vencimento desses contratos.
Como o Terminal Bloomberg pode te ajudar.
-
Disponha de uma biblioteca abrangente que fornece avaliação de preço e risco de derivativos e diversas outras classes de ativos.
-
Utilize calculadoras de preços com técnicas demodelagem que consideram a dinâmica do mercado.
-
Acesse dados de alta qualidade que alimentam valuations confiáveis.
-
Obtenha flexibilidade e transparência de dados de mercado, modelos de precificação e cálculo.
-
Integre com sistemas legados.
-
Gere relatórios customizados.
Estratégia 5: Captação e emissão de dívidas
<b> Tópicos abordados</b>
- Captação, emissão de dívidas e swaps: mudanças estruturais exigem mais da tesouraria
- Análise interna das modalidades de captação e vantagens dos derivativos
Estratégia 5
Captação e emissão de dívidas
Captação, emissão de dívidas e swaps: mudanças estruturais exigem mais da tesouraria
A queda do juro básico da economia e do CDI, a migração de investidores de títulos públicos para instrumentos privados e o encolhimento dos repasses do BNDES e dos bancos públicos provocaram mudanças estruturais no ambiente para captações corporativas.
O quadro trouxe maior liquidez para as debêntures e maior interesse nesses instrumentos por parte dos fundos adquirentes. No entanto, diferentemente dos empréstimos tomados junto a bancos, essas emissões exigem procedimentos adicionais de prestação de contas e conhecimento mais aprofundado dos instrumentos e das condições atuais dos mercados, além da possível necessidade de entrar em operações de swap juntamente com a emissão desses papéis.
Em uma decisão que impactará as despesas financeiras da organização durante anos, os profissionais de tesouraria precisam de mais informações para entender e escolher a estrutura de financiamento que proporcionará o menor custo de captação no curto, médio ou longo prazo.
Análise interna das modalidades de captação e vantagens dos derivativos
Apesar de contar com o apoio dos bancos de relacionamento para estruturar operações que atendam às necessidades específicas de caixa da empresa, o tesoureiro precisa optar entre algumas estruturas, comparar taxas de captação com referências distintas, projetar o comportamento dessas taxas no futuro e apresentar essas informações à direção da empresa em linguagem mais compreensível. Para fundamentar esse raciocínio, o profissional de tesouraria também deve realizar um acompanhamento praticamente diário dos fatores que definem as condições de mercado.
Para chegar à melhor decisão e pagar o menor spread, o tesoureiro pode fazer simulações com taxas praticadas no mercado antes de realizar a emissão e acessar bases de dados abrangentes que mostram emissões feitas por empresas do mesmo ramo de atuação ou com classificação de risco equivalente. A perspectiva do ambiente de captações elaborada pelo tesoureiro se amplia ainda mais com o acesso a dados que mostram quais bancos fazem mais operações do tipo desejado, distribuídas por setor e região, e, na outra ponta, conhecendo dados que revelam os maiores compradores desses instrumentos.
Essas mesmas práticas se aplicam à análise da possibilidade de realizar captações no exterior, empregando, além dos recursos já citados, ferramentas que convertem taxas internacionais e contemplam curvas de juros e projeções para taxas de câmbio. De posse de todas essas informações, o profissional de tesouraria aumenta seu poder de barganha junto a bancos e outros credores, aborda novos potenciais parceiros e embasa melhor os argumentos apresentados à direção da companhia.
Além das diferentes modalidades de captação, a tesouraria também precisa acompanhar de perto o funcionamento dos mercados de swap — tanto os que cobrem as oscilações cambiais das obrigações em moeda estrangeira sob a Resolução 4131 do Banco Central quanto os contratos de swaps puramente domésticos, que substituem obrigações indexadas à inflação por percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário) a fim de manter a mesma base de comparação para todo o passivo da empresa.
Apesar de auxiliarem a gestão de riscos da organização, os swaps aumentam a complexidade das funções da tesouraria se não forem inseridos em um fluxo de trabalho automatizado que faça a marcação a mercado desses instrumentos. Ferramentas automatizadas permitem que a tesouraria saiba se o swap gera resultado negativo ou positivo a cada momento e facilitam a demonstração de resultados e a prestação de contas a investidores, autoridades reguladoras e firmas de auditoria.
O grande passo
Além da captação de recursos via empréstimos ou emissões de dívida, que fazem parte da rotina de uma organização, a captação via ações entrou no radar de empresas que antes não consideravam essa possibilidade, em vista da migração dos investidores brasileiros da renda fixa para a renda variável.
Mesmo para companhias não convencidas de que devem alterar sua estrutura societária tão cedo, a pressão para realização de uma operação desse tipo pode se intensificar quando concorrentes captam quantias grandes para investimentos que as tornarão mais fortes adiante. Sobretudo, a escolha do momento certo para realizar essa operação é uma das mais importantes no histórico de uma companhia.
Muito antes de apoiar o planejamento de uma abertura de capital (IPO) ou uma emissão secundária de ações (follow on), a tesouraria precisa estabelecer sistemas para acompanhar o mercado acionário — seja para monitorar os planos e preços das ações de concorrentes, para recorrer a essa alternativa caso se depare com taxas desfavoráveis no mercado de dívida ou mesmo para identificar uma boa oportunidade de venda de parte do capital da empresa.
Como o Terminal Bloomberg pode te ajudar.
-
Compare emissões de sua indústria para benchmark
-
Pesquise condições e termos da emissão para competitividade do mercado
-
Saiba quem esta emitindo dívida nas condições atuais de mercado